Resenha Climatológica do Período de Maio a Outubro de 2017

Angelica Prela Pantano¹, Ludmila Bardin Camparotto² e Marielle Azevedo de Castro Lopes Secco³

1 IAC – Centro de Desenvolvimento de Ecofisiologia e Biofísica – Pesquisadora Científica e-mail: angelica@iac.sp.gov.br

2 IAC – Centro de Desenvolvimento de Ecofisiologia e Biofísica –Pesquisadora Visitante.

3 IAC – Centro de Desenvolvimento de Ecofisiologia e Biofísica – Bolsista PIBIC-IAC-CNPq.

Nesta resenha são apresentados dados mensais de temperatura média do ar (oC), total de precipitação pluvial mensal (mm), deficiência e excedente hídrico (mm) de diferentes localidades do Estado de São Paulo.

Durante o período considerado, a amplitude das temperaturas médias foi de 11,6oC, sendo o valor mais baixo observado em Itararé (12,2oC) e o mais elevado em Votuporanga (23,8oC).

Em relação à precipitação pluvial, no período analisado, foram registrados volumes considerados elevados em diversas localidades. No período de maio a agosto, foram observados volumes expressivos em alguns municípios, sendo essa situação não comum no Estado de São Paulo. No mês de maio, normalmente são registrados volumes menores de precipitação (cerca de 100 mm em alguns locais), no entanto foram registrados volumes muito acima das normais
climatológicas: Itararé (261,3 mm), Assis (181,2 mm), Limeira (197,2 mm), Manduri (261,3 mm), Monte Alegre do Sul (151,9 mm) e Piracicaba (152,6 mm). No mês de junho, podem-se citar os volumes mais elevados em Itararé (213,3 mm), Capão Bonito (165,4), Assis (131,8 mm) e Manduri (144,6 mm), localidades situadas na região do Vale do Médio Paranapanema. Condição semelhante foi observada no mês de agosto em: Adamantina (160 mm), Assis (91,1 mm), Manduri (90mm) e Marília (87,6 mm).

 

Figura 1- Deficiência (Def.) e excedente (Exc.) hídrico (mm) para diferentes localida

O volume de chuva registrado no período considerado mais seco (meses de inverno) não é comum para o estado. Essa condição elevou os níveis de umidade disponível no solo em boa parte do estado, criando condições satisfatórias para o cultivo. No entanto, a partir de setembro, quando normalmente é esperado o retorno das chuvas, foi observada uma condição mais seca, com registros
de precipitação, em alguns locais, muito abaixo da média histórica. Os valores de chuvas registrados variaram entre 5 e 40 mm (Tabela 1). O reflexo dessa baixa ocorrência de chuvas pode ser visualizado na Figura 1, onde são apresentados valores de excedente e deficiência hídrica mensais para diferentes localidades do estado de São Paulo.

 

Observa-se, na Figura 1, que ainda em setembro as localidades analisadas apresentavam deficiência hídrica em outubro; apenas nos municípios de Itararé, Manduri e Ubatuba foram registrados excedentes hídricos; os demais municípios não registraram nem deficiência e nem excedente, ou seja, estavam em fase de manutenção. De maneira geral, os resultados demonstraram que, em 2017, a retomada das chuvas ocorreu a partir de outubro, o que pode ter contribuído para o atraso do início do plantio de algumas culturas, principalmente de grãos.

Tabela 1 – Valores de temperatura média mensal (oC) e precipitação mensal (mm) no Estado de São Paulo.